quarta-feira, 5 de setembro de 2007

CA da Liga esclareceu atrasos de bola aos guarda-redes

Na sequência dos lances polémicos ocorridos nos jogos FC Porto-Sporting e Sporting-Belenenses sobre os atrasos de bola ao guarda-redes, a Comissão de Arbitragem da Liga emitiu um comunicado para explicar que qualquer tipo de decisão (pontapé-livre indirecto ou não) deve ser aceite, pois nesta questão "competirá sempre ao árbitro decidir" se a bola foi atirada deliberadamente em direcção ao guarda-redes para que este a possa agarrar e punir se o fizer".
O comunicado começa por explicar: “Um pontapé livre indirecto será concedido à equipa adversária do guarda-redes que, encontrando-se na sua própria área de grande penalidade, comete uma das quatro faltas seguintes: (…); (…); Tocar a bola com as mãos vinda de um passe atirado deliberadamente com o pé por um seu colega de equipa; (...)".
E esclarece, de seguida: "O próprio International F. A. Board entendeu também, para uma melhor interpretação do que atrás se transcreve, acrescentar os seguintes esclarecimentos:
1. O verbo atirar refere-se unicamente à acção praticada por um jogador de jogar a bola com um ou com os dois pés. 2. O desvio da bola por meio de um ou dos dois pés é permitido desde que não seja intencional (desvio involuntário ou má reposição de um companheiro de equipa). 3. Quando um companheiro de equipa atirar deliberadamente a bola não em direcção ao guarda-redes (por exemplo, para o lado dos postes) mas de maneira que ele possa apanhá-la, o espírito das leis vai no sentido de considerar esta acção como um passe intencional para o guarda-redes. Por consequência, se, em tal situação, o guarda-redes tocar a bola com as mãos será de conceder um pontapé livre indirecto à equipa contrária.”
As derradeiras explicações: “Um defesa atira a bola com os pés para o seu guarda-redes quase a introduzindo na baliza, obrigando o seu colega em última instância a defender a bola para canto. Conclusão – A equipa do guarda-redes deve ser punida com pontapé-livre indirecto, sendo o livre marcado …
“Um defesa entra em tackle por detrás sobre um adversário que conduz a bola, conseguindo desarmar o adversário, indo a bola na direcção do guarda-redes. Conclusão – Competirá ao árbitro decidir se a bola foi atirada deliberadamente em direcção ao guarda-redes para que este a possa agarrar e punir se o fizer.”
Ou seja, no final, tudo se resume ao entendimento do árbitro, pelo que a Comissão de Arbitragem dá razão aos árbitros Pedro Proença, que no Estádio do Dragão penalizou o Sporting com um livre indirecto por entender que Polga atrasou a bola para o guarda-redes Stojkovic; e Carlos Xistra, que em Alvalade não viu razões para castigar o Belenenses por uma situação idêntica à que se verificou no "clássico" na jornada anterior.

Frases chaves do artigo:
“qualquer tipo de decisão deve ser aceite”
“tudo se resume ao entendimento do árbitro”
“a Comissão de Arbitragem dá razão aos árbitros Pedro Proença...”

Liga dá razão a Proença
AINDA O LANCE QUE DEU GOLO NO DRAGÃO

A Comissão de Arbitragem da Liga emitiu hoje um esclarecimento sobre a decisão de Pedro Proença no lance polémico que deu origem ao golo do F.C. Porto, no Dragão, frente ao Sporting. Segundo informa aquele organismo o árbitro decidiu bem mandar marcar livre indirecto."Ao contrário do que foi veiculado em diversos meios de informação, se um defensor efectua um pontapé que leve a bola no sentido da linha de baliza, seja esse pontapé um corte ou um passe, pode ser punido com pontapé-livre indirecto, no caso de o guarda-redes tocar a bola com as mãos", pode ler-se no comunicado assinado por Vítor Pereira, presidente da Comissão de Arbitragem da Liga.Recorde-se que a polémica ficou desde logo instalada depois do lance que envolveu Polga e Stojkovic [agarrou com as mãos a bola que vinha dos pés do central leonino], mas aumentou de tom esta jornada na sequência do Sporting-Belenenses, uma vez que Costinha, agarrou o esférico depois de este ter saído dos pés de um defesa do Belenenses em direcção à linha de fundo.
Data: Terca-feira, 4 Setembro de 2007 - 19:56
Frase chave do artigo:
"pode (ou não - acrescento eu) ser punido com pontapé-livre indirecto"

Após a leitura dos artigos lembrei-me da rubrica do Gato Fedorento acerca do aborto... O “pode-se fazer, mas é proibido” não me saía da cabeça... e imaginei o seguinte diálogo:
Entrevistador: O que acha da decisão do árbitro Pedro Proença no jogo Porto – Sporting?
Entrevistado: Correcta.
Entrevistador: E se não tivesse marcado livre?
Entrevistado: Correcta na mesma.
Entrevistador: Então, em que ficamos?
Entrevistado: O árbitro pode marcar, mas também pode não marcar... Pode-se marcar... E pode-se não marcar... Uns marcam... Uns não marcam...
Entrevistador: E isso não é mau para os árbitros?
Entrevistado: Não...
Entrevistador: Porquê?
Entrevistado: Porque, assim, estão sempre certos...

1 comentário:

vareira disse...

Fantástico!Mas acho que o melhor de tudo isto é que vamos andar a época toda a falar do mesmo...e...decididamente vou começar a ver os jogos para me entreter a ver se existe passe intencional ou não...uma vez que se pode decidir isso mesmo...há?não há?...e fica tudo bem!